domingo, 13 de janeiro de 2013

Back at the day.

Quando eu era menor, eu só dormia com a televisão ligada pra ter alguma luz, algum barulho e a porta tinha que estar sempre aberta. Não conseguia dormir com ursinho de pelúcia. Odiava computador com todas as minhas forças. Tinha um amor incrível por livros de poesia e houve um tempo que achei que poderia ser escritora algum dia. Eu era simplesmente grudada com meu pai e sempre demonstrava tudo que sentia. Não entendia celulares e nem queria entender. Páscoa era sempre minha época preferida do ano. Sonhava em morar em NY. E sempre quis ser princesa. Amava dias ensolarados e quentes.
Luz apagada, porta do quarto fechada, televisão desligada, gosto de escuridão e silêncio. Só durmo com um cobertor (não importa o quão calor estiver) e abraçada com meu urso de pelúcia, que por sinal tenho cinco. Computador tem sido uma das minhas válvulas de escape, assim como meus livros, que não são nenhum de poesia. Acho que não relo em um livro de poesia desde meus nove, dez anos. Escritora? Que nada. Nem escritora, nem bióloga, mas sim psicóloga é o que eu sonho em ser. Sou a melhor amiga da minha mãe e apesar de eu sempre rir com meu pai, não sou mais tão próxima dele e passo a maior parte do tempo brigando com meu irmão. Não consigo mais ser transparente quando o assunto é sentimentos. Gosto de guardar algumas coisas pra mim porque eu me entendo mais do qualquer um. Não imagino minha vida sem meu celular e mal consigo ficar algumas horas sem ele. Não gosto da Páscoa como antes porque pra mim é só uma desculpa para as pessoas comprarem chocolates em forma de um ovo grande com alguma espécie de brinde dentro, mas eu amo o Natal, que é pra mim é um das coisas mais mágicas que existe. Princesas pra mim são, provavelmente, uma das maiores mentiras da humanidade, mas ser uma não seria uma má idéia. Prefiro dias frios e chuvosos. E bom, morar em NY ainda é o maior sonho de toda a minha vida, e isso vai mudar logo. Vai deixar de ser um sonho pra virar uma realidade.
É bom saber que eu mudei. É bom ver que eu mudei em tantas coisas, mas a minha essência não muda. É bom saber que mesmo com um mundo ferrado e uma sociedade louca e auto destrutiva, eu ainda tenho a mim mesma e as minhas mudanças.

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