sábado, 21 de setembro de 2013

I don't wanna let you go.

Eu acreditei em cada palavra que saiu da sua boca. Eu cai no feitiço dos seus beijos. Eu ganhava borboletas no estômago toda vez que você me puxava pra perto e eu conseguia sentir sua respiração. Eu me sentia completa tendo você segurando minha mão. Eu sentia como se eu pertencesse a qualquer lugar que fosse, se você estivesse ali. É meio louco, eu sei. Começou a alguns meses e eu fui levando e levando sabendo que eu ia me apegar e que uma hora ou outra você ia me quebrar por inteira, eu sabia onde tava me metendo a partir do momento que te conheci. Eu sei da pessoa que você e das coisas que você faz. Eu não me importei. Comigo você é (ou foi) diferente. Se pra mim começou a ser algo mais fora do normal, imagine pra você. Só quer aproveitar, sair com os amigos, ficar com alguém diferente em cada festa. Ora, e por que não? Você tem 17 anos, tá no seu ultimo ano do colegial e quer aproveitar todos os momentos. Incrível que eu também pensava assim antes de te conhecer. Mas ai, do nada, começo a querer ir nos lugares porque tenho a possibilidade de te ver. E é ai que tudo começou a ir pra direção errada. Eu me apeguei, eu gostei do perigo, me agarrei nele. E o perigo me disse palavras, e eu as levei em consideração. Só que eu não sei nem se você lembra do que disse. Eu não sei nem dizer se a pessoa de semana passada foi a mesma de ontem a noite.
É meio estranho falar nesse negócio de coração quebrado de novo, só que lá vem a história se repetir. Eu sei que não posso exigir de você não ficar com outras pessoas, só que eu achei que você tivesse a decência de fazer isso quando eu não estivesse perto. E eu não consegui segurar as lágrimas e eu soube que eu tinha me apaixonado. Só que ao mesmo tempo eu chorava porque sei o quanto dói ter que tirar alguém da minha vida, esquecer. Só que não vou ter outra escolha. E quer saber o engraçado de tudo isso? É que quando eu chorava por causa de você acho que a única pessoa que me acalmaria naquele momento seria você. Eu juro que queria dizer que eu te odeio por ter me feito ter passado por isso, só que eu não consigo.
No final da festa quando eu fui falar com você, você me pareceu apreensivo. Você ficou me olhando sair. Só que você não foi atrás. Não me pediu desculpas. Porque você é assim, você some. A partir do momento que as coisas começaram a ficar mais sérias você some.
E sabe o maior problema? É que eu tava com uma vontade de você, tava com tanta saudade... e continuo com vontade, continuo com saudade. Sabe-se lá quando vou te ver de novo. Talvez seja melhor... Talvez não seja. Porque eu juro que só queria você agora. Queria te dar um tapa na cara e depois te abraçar e nunca mais soltar. Eu me sinto vazia. Eu sinto como se uma parte de mim tivesse sido arrancada. E o único que pode fazer alguma coisa sobre isso é você. Só que você não vai fazer. Então cabe a mim mesma recolher os cacos e voltar a estaca zero. Aquele lugar onde não existia você. Só que não sei mais o que seria isso.

sábado, 7 de setembro de 2013

4 green eyes.

Um olhar, mais uma vez, foi tudo o que precisou. Um olhar longo e você já colocou seus braços ao meu redor. E foi quando os dois lábios se tocaram que eu percebi o quanto sentia falta daquilo. Do seu abraço, do seu sorriso, do seu beijo, da sua voz, de você, por inteiro.
Mas eu nunca tinha percebido da falta que seu abraço me fazia. Eu sou apaixonada por abraços e palavras, e você me entregou os dois da forma mais inesperada. Eu te fazia cafuné, você fazia carinho na minha perna. Você tava todo sonolento e eu juro que te achei mais fofo ainda, e encaixava sua cabeça nos meus ombros e entrelaçava nossas mãos. Sabe aquela frase do filme que fala "e naquele momento eu me infinito"? Eu entendi. É a pessoa com que você está que faz com que você se sinta assim. Eu me senti.. em casa. Eu me senti como se eu pudesse passar minha vida inteira daquele jeito e não iria me importar. Eu senti como se o mundo inteiro tivesse desaparecido e no meio de barulho, bebida e todo o resto, só tinha eu e você. Eu queria cuidar de você. Porque eu tenho esse complexo em mim que eu acho incrível a ideia de você poder cuidar de alguém, mudar alguém. E é ai que entra todo esse sentimento... eu sinto que posso te mudar, sinto que posso inverter o protótipo garoto errado que tem em você. Sabe aquela coisa de opostos se atraem? Não poderia descrever melhor. Nós somos tão diferentes e talvez seja por isso que eu tenho a tendência de me apegar cada vez mais a você. Não que eu queira. Mas a coisa toda se tornou meio irreversível. Já me apeguei.
Podia ser o alcool falando, mas você disse que eu sou muito boa pra você e que você não me merece. E que eu sou diferente de todas as outras. E que se não tivesse as circunstâncias de um terceiro colegial, como a viagem de formatura, você namoraria comigo. E eu juro que nunca esperei ouvir isso de você, porque você não é de ficar falando isso. Então foi sincero, porque eu senti no fundo do meu coração que foi sincero. Só que ao mesmo tempo que me fez um bem gigante ouvir isso, me quebrou em mil pedaços. Porque eu sei que não vai sair de palavras, vai parar por ai.
Você ainda disse que queria dormir abraçado comigo, que não deveria existir coisa melhor. E a cena não sai da minha cabeça e tá no botão de repetir. E ela pode existir algum dia, só que meio que cabe a você..

terça-feira, 3 de setembro de 2013

September 3rd.

Se me assusta? É claro que assusta. Todos os dias eu paro um segundo e fico até meio tonta em ver como tudo tá mudando na velocidade da luz. Me assusta em ver como sentimentos ficam mais intensos. Me assusta ver o quanto eu estou perdendo pessoas que nunca imaginei viver sem um dia. Me assusta em como me aproximei de pessoas que nunca nem imaginei. Me assusta ver como eu me achei no lugar menos provável. Me assusta saber que gosto de ficar fora de casa nos finais de semana. Me assusta ver o quanto eu percebi que preciso aproveitar esse momento o qual estou vivendo enquanto eu posso.
No começo desse ano eu fiz um voto de confiança a mim mesma dizendo que eu não ia perder a cabeça e que ia tirar o melhor que esse ano poderia me conceder. Não vou falar que as coisas estão fáceis, mas pouco ao pouco elas estão se encaixando cada vez mais, como um verdadeiro quebra cabeça. Eu soltei a corda que eu mesma segurava e deixei ver onde isso ia me levar... E me levou exatamente onde queria estar: vivendo o momento. Vivendo cada risada, cada besteira, cada furada, cada mico, cada dança, cada pessoa que me faça sentir viva. Porque eu acho que é isso, sabe? Saber estar no lugar certo, na hora certa, com as pessoas certas. E quer saber o que mais? Tô entendendo essa coisa de tudo acontece na hora certa. Elas acontecem. E a cada dia eu acredito mais e mais nisso, mesmo que alguns dias ruins tentem me provar o contrário.