segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Untitled.

Ninguém entende. Não espero que me entendam. Acho que é perda de tempo. Sabe qual é o verdadeiro problema? Eu tô aqui e não lá. Na verdade, eu nunca deveria ter voltado de lá. Tudo parecia fazer sentido. Eu parecia fazer sentido. Meus sonhos pareciam fazer sentido. Meu sorriso fazia sentido. Porque eu sabia o porque eu estava sorrindo, e as vezes eu sabia que sorria a toa, só por estar ali. Acho que o fato de não ter rotina ajudou, não sei. Mas eu juro que já tinha começado a criar uma. Quando piscei meus olhos, já estava dentro de uma avião voltando, estava num aeroporto com mil malas e onde a maioria das pessoas falavam a mesma lingua que eu.
Achei que ia evitar falar sobre isso. E a verdade é que eu evito sim. Porque ninguém me pergunta "você sente saudades?" porque a resposta é meio óbvia. Mas tudo bem, falar seria pior do que escrever sobre. Enfim. Parece tão besta, né? Só que a partir do momento que você acha seu lugar, é lá mesmo que você quer ficar. Porque não é qualquer lugar que você se sente parte, como se ali fosse o lugar pra você.
Minha maior promessa eu fiz lá. E nunca comentei com ninguém, até agora. Coisa minha e da minha cidade. E apesar de toda a maré contra, eu sei que consigo. Vou provar que consigo. Aguardem.

sábado, 10 de novembro de 2012

Sorry, I'm late.

Ela olhou pela janela do avião e se viu tão pequena ao meio de um céu extremamente infinito. E assim, de repente, nada mais importava. Aquilo lhe dava uma segurança. Ela estava segura. Longe de tudo. Longe de tudo. Rumo ao desconhecido tão emocionante. Mas dessa vez ela não sentia medo, ela sentia curiosidade, sentia vontade, se sentia segura o suficiente pra ser outra pessoa: ela mesma. Pra ela, estava no lugar onde deveria. Longe de tudo, perto de si mesma. Foi olhando pra baixo e vendo uma mistura de nuvens, verde, montanhas e mar, que ela descobriu a imensidão do mundo, e de como ele tem tanto a ser visto e apreciado. Se perguntou que horas eram e onde estava, se haviam pessoas ali embaixo olhando para aquele avião e se perguntando quem estaria lá dentro. Sorrisos brotavam do rosto. Ela lembra de como, quando era pequena, se perguntava como um avião voava e o que e quem estavam lá dentro. Uns anos depois ela apontava para um avião e dizia que alguém dia, estaria lá dentro. E lá estava ela, alguns outros anos depois, num avião. Indo realizar o seu maior sonho, até então. Foi lá em cima, depois desses pensamentos que ela chegou a conclusão de que pra ela, não existia limites quando se tratava dos seus sonhos e da sua força de vontade de torná-los reais. O céu não era o limite. Nada poderia ser. O limite quem impunha era ela, e ela estava certa de que ele não existia. E assim manteve sua cabeça. Na verdade, e assim é que ela mantém sua cabeça. Até hoje, até segunda ordem. Não importava o que o mundo falava e ainda fala, ela acredita em si mesma. Ela acredita no poder da fé. Dos sonhos. Da felicidade.
Ela se lembrou de como falavam "sonhe com os pés na terra" e naquele avião ela respondeu "não dá, tô bem longe de ter os pés no chão".

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Almost midnight crises.

Foi debaixo da manta, numa sexta feira chuvosa, com meus fones de ouvido que estavam valorizando as músicas onde o som de violão era mais presente e com aquele moletom que eu percebi que a situação toda não me lembrava mais de você. Na verdade era apenas uma situação de calmaria, onde eu não estava fazendo nada de fora do normal, estava calma, não havia estudado e o sono meio que me dominava por inteira. Mas eu achei interessante que tudo isso só me levou a alguns suspiros tristes. Talvez porque pensei que no outro dia o dia seria bem cheio, e eu teria que estudar. Mas eu iria fazer uma coisa boa, então descartei. Ai lembrei de uma conversa com a minha mãe mais cedo onde ela me dizia como sonho alto demais. Ela não disse nessas palavras, mas foi o que ela quis dizer. Acho que nunca quis tanto liberdade. E eu acho que foi dai que brotou meu suspiro triste. Um daqueles que significam dizer que eu tô cansada e que preciso logo da minha liberdade, preciso logo me achar em qualquer esquina perdida de NY. E quero poder provar pro mundo que eu consigo. Porque eu sei que consigo. Quando vem de sonhos, eu movo qualquer coisa que estiver no meu caminho. E então cheguei a conclusão que estou me colocando antes de qualquer coisa, o que é bom. O que quer dizer que mesmo com todas as circunstâncias, nada disso me faz lembrar de você. Nada me faz querer você perto. Nada me faz querer você mais. Porque tô mais a fim de me querer, entendi? Ser feliz, e o resto é o resto.