domingo, 19 de agosto de 2012

Pelas cartas que escrevi.

O ceu tá azul, mas é um azul tão diferente. Um azul vivo, bonito... diferente, apenas isso. O sol tá forte, mas ao mesmo tempo não está. Tô com esse amor pelo céu ultimamente. Reparo em cada detalhe dele. Se tem apenas uma nuvem eu me pergunto porque só tem ela ali no meio de tanta imensidão... ela deve se sentir sozinha. Não é fácil ser um em um milhão, ou ser um no meio de uma imensidão no vazio. Ser diferente é dificil. Não gostar das mesmas coisas que as pessoas da sua idade normamelmente gostam, não ter que usar certas coisas para se divertir, apenas um livro, um filme e uma caneta já me divertem. Ultimamente eu tenho preferido ser uma nuvem sozinha no céu pra ter noção da imensidão de onde estou, porque estou ali e o que posso fazer pra me mover. Agora vejo coisas que não via antes. Vejo mais beleza em mim e no mundo, mas não nas pessoas. O céu, a lua, as estrelas, a chuva, o frio... tudo pra mim é mais bonito. Eu me dei conta que sou tão jovem pra ficar reclamando da vida. Ela é tão bonita. Só que cabe a nós decidir ver ou não essa beleza. E juro que não é clichê. Sabe qual é a chave de tudo isso? Se achar. Se achar em algum lugar, em alguma música, em algum canto, nas últimas páginas de um livro, em alguma poesia, em alguma carta antiga ou em alguma história esquecida. A gente se perde e se acha todos os dias. Sentir que você pertence a algo ou algum lugar é o que te faz bem, feliz e achada. Eu me achei em uma cidade dos sonhos, me achei ali a tantos metros do chão, olhando para a imensidão, vendo pontos amarelos passando na rua. Me achei naquela rua que era recoberta com as folhas das árvores e os apartamentos fofos. Me achei andando pelas ruas e me colocando no meu lugar. O que eu quero pra mim? Eu quero ser feliz. Eu quero ser feliz por mim, porque eu mereço. Por tudo que eu lutei, por tudo que eu deixei pra trás, por tudo que eu ainda vou passar, pelo meu coração, pelas dores de estômago que proporcionei por algum nervoso, pelas cartas que escrevi. Eu devo isso a mim mesma... devo a mim felicidade. E não sou só eu, mas todos nós. Nós merecemos um tempo pra colocar as ideias no lugar, pra saber o que faz a nossa felicidade, e o que nos completa. Talvez, você ache naquela carta que você sempre esteve em um lugar apenas, que você nunca havia se procurado antes, talvez é o lugar mais sombrio, mas também o mais bonito... dentro de você.
É uma estrada perigosa, onde tem curvas, nevoeiro e truques. Mas se você não arriscar ir por ela, quem é que vai por você?