domingo, 28 de julho de 2013

Funny thing, life...

Uma coisa sobre a vida: ela segue. É tudo que você, eu e todos precisamos saber sobre ela. Tá doendo hoje? Que bom. Tudo que dói fortalece. Toda ferida, cicatriza. E cicatriz é algo que faz você lembrar que aconteceu alguma coisa ali, mas já não dói. Aquele coração quebrado? Paciência. O mundo é feito de corações quebrados. Sem eles não teriam livros, canções e histórias maravilhosas por aí. Um coração quebrado é uma das coisas que a pessoa tem que enfrentar sozinha, em um primeiro momento. Você começa a levantar e esquecer das lágrimas e da pessoa que fizeram elas cairem. Você começa a se erguer aos poucos, vai pegando os cacos um por um e remendando o estranho que alguém que passou por ali fez. E aí em algum momento, alguém vai consertar de vez, e talvez quebrá-lo de novo. E você vai passar por todo aquele processo, de novo. Só que nada acontece do mesmo jeito duas vezes. Então cada vez que seu coração for quebrado ele vai levantar diferente. E se alguém consertar ele? Ai eu não sei ao certo o que acontece. Foi eu mesma que consertei meu coração quebrado. Nenhuma ajuda pra isso. Tá, talvez alguns livros, algumas festas, companhia de pessoas maravilhosas, palavras reconfortantes e alguns casos de uma noite só. Agora, eu imagino que ter seu coração consertado por alguém deva ser algo bem... mágico. Deve ser aquele tal de amor. Que eu acho que não conheço. E sabe-se lá Deus quando vou conhecer! Mas tudo bem, tenho meio que minha vida inteira pela frente pra isso, sabe? As vezes me esqueço de me lembrar disso. Que se não for agora, vai ser mais pra frente, num futuro por aí. É que as vezes bate uma solidão, sabe? Daquelas de querer ter alguém pra conversar sobre coisas aleatórias do seu dia (quase fiz coisa errado devido a isso então obrigada cérebro, por não ter deixado meu coração ter sobresaído sobre essa decisão, tô te devendo uma!), um abraço que se encaixe em você, um cinema ou apenas uma presença. A verdade é que o amor me deixa enjoada. Aquele tipo de enjoo que sinto quando tô em um elevador cheio de pessoas. Medo, enjoo, chame do que quiser. Mas isso deve ser porque eu não conheço ele e espero ansiosamente pra conhecer. Aquele tipo de amor que todo mundo tenta descrever de uma forma tão bonita, quase angelical.
Mas enfim. Essa tal de vida é engraçada, né? A gente primeiro perde pra depois descobrir que tinha. A gente faz as coisas instantaneamente esperando algo em troca. A gente coloca muro nos nossos corações sem saber ao certo o motivo. A gente esquece alguém até que um dia, a gente lembra. Ou então a gente simplesmente começa a ocupar a cabeça com outras coisas e então, como se fosse mágica, parece que você está se curando. A gente foi machucado por um certo alguém e ainda conseguimos desejar que essa pessoa seja feliz. Colocamos os outros como prioridade. Gastamos mais do que podemos. E no final, tudo isso acaba moldando nosso ser. Nos faz crescer, amadurecer. 
E é ai que eu acho mágica na vida: é uma relação entre tapas e beijos. Ela te quebra, te soca, pisa em cima de você.. Mas depois ela te mostra o por quê e deve gozar da nossa cara de surpresa quando ela faz isso. Existe aquele balanço entre os dias bons e ruins, a gente meio que não vê porque tá no sangue humano se infiltrar nos dias ruins e não conseguir ver os bons. E é exatamente esse o caminho pra contornar qualquer situação. Tá. Como assim? Tá. A saudade, por exemplo. Quando você sente falta de um momento ou de alguém, você começa a pensar em tudo e começa a se sentir mal por isso. Não tem que ser assim. E os momentos bons que fizeram tudo valer a pena, mesmo que tenha tido um final? As vezes é um meio do destino de mostrar que tem mais coisa lá pra frente pra vir, entende?
Sim, sou alguém que acredita cegamente em destino. Se tô num lugar que não era pra mim estar e de repente acontece alguma coisa boa, eu sei que é obra do destino. Se eu disse adeus a algo, é porque tem alguma coisa pra eu dizer "seja bem vindo". Ultimamente tem sido bem dificil acreditar em qualquer coisa do tipo. Destino, dias bons, amor, esperança, fé. Mas a gente tem que conseguir pensar nessas coisas. E eu tenho certeza que depois que terminar isso aqui, vou dormir mais leve. A gente se sente mais leve depois de colocar umas palavras pra fora. Tô num momento da minha vida que exige muito de mim, da minha paciência e força de vontade. Se eu me sinto pressionada? Como dentro de um banheiro de avião com 10 pessoas dentro e levando em consideração o simples fato da minha claustrofobia. E junto com isso vem a sensação de não quero que acabe, que é o fato de estar no último ano do colegial. 
Fechar uma parte da sua vida e partir em rumo ao desconhecido pode ser excitante mas extremamente estranho com uma enorme pitada de meio. Você muda a sua rotina de praticamente toda sua vida escolar. E é estranho pensar em como a reta final tá chegando. Chegando a um fim. Fim de uma Era, começo de outra. Sei disso. Mesmo assim, vai deixar um vazio. E tô tentando não pensar nisso. Mas na verdade tudo que mais tô fazendo ultimamente é pensar, o que me estressa. Demais. Se eu ainda pensasse em coisas construtivas... Mas não, nem pra isso! Preciso me focar em mim. É nisso que preciso pensar. Agosto pra frente minha vida vai ficar ainda mais louca, ainda mais estranha. Sei disso. Preciso respirar fundo e encarar a situação toda. Tudo bem, eu consigo. Eu sou forte. E já saquei o que a vida tá tentando fazer. Me mostrar o quão forte eu posso ser. Obrigada vida, pela relação saúdavel de amor e ódio. Acho que isso ainda vai ser útil pra mim. E como já vem sendo.