terça-feira, 16 de setembro de 2014

Last day as a 17 year old.

Eu sempre gostei tanto de aniversários. De verdade. Acho que tem sempre alguma coisa de mágica em datas comemorativas.. aniversário é tipo natal pra mim. E esse então?
18 anos. Caraca! Parece que demorou tanto pra chegar.. e tenho certeza que ano que vem vou estar reclamando de tudo estar passando muito rápido. Como qualquer outro ser humano, acho que ter 18 anos significa que vou adquirir asinhas (hahaha). Sei que não vai ser assim, mas fala sério.. posso ser presa, posso comprar bebida (juro que essa é a parte mais legal pra mim, o que é bem tosco, mas nem ligo) e obviamente, posso tirar minha carteira de motorista, o que eu sempre quis e minha mãe sempre diz que é um dos 3 itens essenciais na lista da vida (1- Fazer faculdade, 2- Aprender a dirigir, 3- não lembro). Acho que quando você pensa 18 anos você liga a palavra liberdade, e que tudo pode ser usado pra justificar diversos atos, como exemplo, "volto a hora que eu quiser porque tenho 18 anos" ou "tenho 18 anos e posso fazer uma tatuagem, você não manda em mim". E o mais legal é que é isso mesmo, eu mando em mim mesma, só que agora é mais oficial. E eu acho isso tão ótimo. Ser dona de si própria e das suas ações e responsabilidades, sabe? Eu sempre quis isso, e acho legal que a idade marca muito isso.
Não estou no melhor período da minha vida, na verdade, tô em um dos piores (se não o pior de todos) e isso tá me tirando noites de sono, tá me fazendo um mal tremendo.. e aí eu lembro, ah é a semana do meu aniversário, eu não deveria estar me sentindo assim, né? Não, não deveria. Só que eu preciso admitir que a situação atual marca muito essa coisa de crescer, de pensar nas minhas responsabilidades, e eu não tô pronta pra isso. Ninguém tá. Crescer sempre traz esse dilema de "quero, mas não quero". E eu cresci tanto nesses 17 quase 18 anos, e sei que vou crescer ainda mais. E isso me assusta muito. Mas a gente tá aqui pra isso, certo? Pra ter bons dias, dias terríveis e tudo o mais. Tem que presenciar tudo pra crescer. E crescer melhor, mais forte, crescer mais em si. Isso é o que eu desejo pra mim. Que eu cresça em mim. Que eu confie mais em mim, que eu acredite mais em mim e na minha capacidade de ser a dona do meu próprio nariz sobre qualquer circunstância. Queria me desejar mais positividade, também. Quem me conhece sabe que eu sempre penso no lado positivo de tudo, o que não tem acontecido ultimamente. E isso me magoa demais. Então quero me desejar mais pensamentos positivos, porque eu sei, no fundo do meu coração murcho, que a gente passa por maus bocados pra apreciar mais os bons momentos. Certo? Certo. Eu sei que no fundo eu concordo, vai. Me desejo mais independência (você tem 18 anos agora, menina!), desejo que você dependa cada vez menos dos outros para estar bem ou feliz com você, porque você sabe que a felicidade genuina pra si mesma é você quem faz, e você sabe que consegue fazer isso. Já conseguiu antes, tá lembrada?
Essa fase ruim passa, eu te juro. Quando as coisas voltarem nos eixos, quando a rotina voltar, você sabe que a sua cabeça vai se arrumando também. Ah, me desejo menos ansiedade, afinal, meu estômago já sobre o suficiente, não quero mais dor pra ele nem pra mim! Me desejo paciência, paz, luz, amor, felicidade, sorrisos, sorte, dinheiro, momentos bons, pessoas boas, amizades incríveis, longas conversas na madrugada, passeios as 5 da manhã, muito por do sol, muitos momentos tranquilos, muita festa, muita tequila, muita capirinha de kiwi, livros e mais livros multiplicado por infinito! E força, pro que der e vier. São seus fucking 18 years, baby! Tire o melhor proveito dele. Por que sabe como é, eles vão passar voando... e você não vai querer se arrepender de não ter vivido eles de melhor forma. Então força na peruca, sorriso no rosto, acorda cedo e vai fazer sua última corrida com 17 anos, vive seu dia e aguarde pela meia noite. E com o relógio marcando meia noite, leva junto a promessa de um ano muito melhor. Só que quem faz esse ano.. é você. 
Happy bday, bitch! It's going to truly worth it.







terça-feira, 2 de setembro de 2014

This is the part when I break free.


Cheguei a conclusão de que eu mudei. Mudei da água pro vinho. De um oposto para outro oposto. Mas tudo bem, comigo foi sempre nos extremos, 8 ou 80. Eu acho que demorei muito tempo pra me tocar que tá tudo bem eu ser essa pessoa que eu sou agora. Talvez essa seja minha verdadeira personalidade, sabe? Talvez antes eu meio que era obrigada a ser uma pessoa que sempre foi longe de mim mesma. Sempre busquei tanto a perfeição, e percebi que não quero a perfeição, eu quero ser ao avesso, acho que torna tudo tão mais interessante. Acho que tudo e todos sempre cobraram de mim não menos do que isso. Notas boas, horas de estudo, horas sem sono pra ajudar alguém, sempre me importando com aquilo que eu não deveria nem dar espaço na minha cabeça, sempre me apaixonando pela imagem que eu coloria da pessoa, passar no vestibular (e não em qualquer um, claro), deixar o exterior tomar decisões por mim.. E é ai que eu entro. Quando eu me afastei de toda essa pressão eu percebi o quanto aquilo, de fato, era uma pressão pra mim. Só que isso me assustou. Ah, vamos lá. Eu nunca bebi, e de repente, eu comecei. E não me sinto mal por isso. Tô me importando menos com as questões do coração e acho que isso é mais do que necessário agora. Tá, confesso que tenho me puxado aos limites e pra eu me apegar é bem fácil, mas não o fiz ainda. Fiz até coisas que achava impossível ser uma atitude do meu feitio. Mas foi o seguinte: fiquei com vontade, fui, e fiz o que eu queria. Sem ponderar a posição dos outros sobre, sem ponderar o pensamento que eu iria ter no domingo de manhã e prometi que eu não me arrependeria. Eu acho que tenho que parar de tentar me moldar de acordo com o que eu era e começar a me moldar de acordo com quem eu sou agora. 
Por muito tempo eu pensei que só tava tentando arrumar justificativas pra estar agindo de uma forma tão diferente do que o normal, mas ai eu vi que tava é arrumando desculpas pra conseguir ser quem eu sou. E é engraçado isso. Eu não quero mais saber da opinião dos outros, a minha opinião basta, sabe? Porque no final do dia quem vai se deitar e ficar lidando com os meus próprios pensamentos sou eu mesma, certo? Então é isso. Não quero mais saber do alheio estragando tudo. Tô aprendendo que quem muito se ausenta uma hora deixa de fazer falta. E que vou perder coisas e pessoas ao longo do caminho, e que tá tudo bem. E mesmo quando não estiver tudo bem, uma hora vai ficar. A tempestade nunca é pra sempre.