quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Rainy sunday.

Droga. Amanheceu chovendo. E é domingo. Eu adoro domingos, e acho incrível como sempre demoro mais pra levantar nos domingos. Só que dessa vez eu demoraria mais. A chuva descansava mais meu corpo, me fazendo tentar várias vezes a levantar, mas sem sucesso, voltei a abraçar meu travesseiro ouvindo a chuva. Não, não vale apenas ouvir a chuva, gosto de vê-la. Fui e sentei no parapeito da janela. E ainda agarrada ao meu travesseiro. A chuva me faz pensar em tanta coisa. Como meus problemas ficam pequenos e meus pensamentos grandes. Como minha alma gosta daquele barulho silencioso. E olha que a minha alma odeia silêncios, pois são causadores dos piores pensamentos. De repente fui lembrada pela porta do apartamento batendo, que eu ja não precisaria mais abraçar o travesseiro. Ele veio e me puxou pela cintura, fazendo meu corpo todo tremer e ceder ao calor de um beijo. Um beijo de manhã, um beijo calmo. E ficamos ali na frente daquela janela com fundo chuvoso encarando um ao outro por alguns breves minutos. E sorrimos, assim, sem um por que, nem uma razão. Apenas sorrimos.
Lembrei de todas as coisas que tinha que organizar, e precisava ser hoje. Nesse domingo. Só que você não deixou. Você fez questão de pedir aquela comida chinesa que fica a dois quarteirões daqui e alugou aqueles filmes que eu queria tanto assistir. Pega aqueles discos bregas que eu secretamente gosto e coloca pra tomar, num volume bem baixo. Voce coloca aquela poltrona que tenho na sala perto da janela. Pega o notebook. Coloca o filme. E me chama. Me encaixo no seu colo como se meu corpo fosse feito exatamente pra isso, pra ficar com você assistindo fillmes num domingo chuvoso. Chega um cena linda do filme e eu não hesito em começar a chorar de maneira frenética. Voce não ri. Lembra da primeira vez que fomos assistir um filme e eu chorei? E voce riu? E depois, quando voltavamos, voce se desculpou e disse que nunca mais ia fazer isso. Zombar dos meus sentimentos. Por mais boba e clichê que a cena fosse. E voce mantem essa promessa até hoje. Nesse momento voce apenas me abraça mais forte e beija o alto da minha cabela, me acalmando em frações de segundos. Era a cena da chuva do filme Click. Depois dela voce se disperçou e ficou encarando a janela.
Quando o filme acabou você puxou minha mão e desceu as escadas correndo, e eu fui te seguindo dando risadas de como você sempre fazia isso. Aparecia com ideias vindas do nada, sem nenhum aviso prévio da chegada delas. Mas isso é uma das coisas que mais me encantam sobre você... consegue me surpreender todos os dias. Voce chegou na rua, olhou para os dois lados e me puxou, selando com um beijo apaixonante. Como nos de filme. Exatamente como um beijo de filme. Você me olhou com uma cara de satisfeito e voltamos para o apartamento ainda nos beijando. Voce fez uma xícara de chá do jeitinho que eu gosto, pegou uma coberta e sentamos no sofá, rindo de toda aquela situação. Conversamos até as sete horas da noite. E então eu dormi apoiada no seu ombro e você na minha cabeça. Acordei as 2 horas da manhã na cama, com você do lado, numa posição como se estivesse pronto pra qualquer coisa. Como se estivesse cuidando de mim. E eu sei que está. Apesar de termos contraído um super resfriado, você me provou como eu posso ser quem eu quiser, que você me ajudará. Me apoiará. E é capaz de ficar na chuva pra isso.

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