sábado, 10 de novembro de 2012

Sorry, I'm late.

Ela olhou pela janela do avião e se viu tão pequena ao meio de um céu extremamente infinito. E assim, de repente, nada mais importava. Aquilo lhe dava uma segurança. Ela estava segura. Longe de tudo. Longe de tudo. Rumo ao desconhecido tão emocionante. Mas dessa vez ela não sentia medo, ela sentia curiosidade, sentia vontade, se sentia segura o suficiente pra ser outra pessoa: ela mesma. Pra ela, estava no lugar onde deveria. Longe de tudo, perto de si mesma. Foi olhando pra baixo e vendo uma mistura de nuvens, verde, montanhas e mar, que ela descobriu a imensidão do mundo, e de como ele tem tanto a ser visto e apreciado. Se perguntou que horas eram e onde estava, se haviam pessoas ali embaixo olhando para aquele avião e se perguntando quem estaria lá dentro. Sorrisos brotavam do rosto. Ela lembra de como, quando era pequena, se perguntava como um avião voava e o que e quem estavam lá dentro. Uns anos depois ela apontava para um avião e dizia que alguém dia, estaria lá dentro. E lá estava ela, alguns outros anos depois, num avião. Indo realizar o seu maior sonho, até então. Foi lá em cima, depois desses pensamentos que ela chegou a conclusão de que pra ela, não existia limites quando se tratava dos seus sonhos e da sua força de vontade de torná-los reais. O céu não era o limite. Nada poderia ser. O limite quem impunha era ela, e ela estava certa de que ele não existia. E assim manteve sua cabeça. Na verdade, e assim é que ela mantém sua cabeça. Até hoje, até segunda ordem. Não importava o que o mundo falava e ainda fala, ela acredita em si mesma. Ela acredita no poder da fé. Dos sonhos. Da felicidade.
Ela se lembrou de como falavam "sonhe com os pés na terra" e naquele avião ela respondeu "não dá, tô bem longe de ter os pés no chão".

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