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domingo, 14 de outubro de 2012

The clock takes life away.

Eram beirando 11 da manhã. Domingo. Só acordei porque deixei a janela aberta e a luz do sol compenetrou o apartamento juntamente com o barulho das buzinas dos taxis. Respirei fundo e consegui acordar com um sorriso. Era o primeiro dia na semana toda que eu havia dormido a noite toda, sem acordar uma única vez, ou pra tomar água, ou por qualquer coisa, e acordei bem tarde. Descansei. 
Eu não tinha planos. Abri meu guarda roupa e peguei algo bem cara de domingo... confortável e bem alegre, pra esquecer o fato do amanhã ser segunda feira. Do amanhã ser o começo de uma semana sem ter você por perto deixando ela mais leve. 
Peguei aquele vestido que me lembra da primavera, sabe? Um óculos de sol e joguei algumas coisas dentro da bolsa, mas não ache que eu esqueci meu fone de ouvido e o caderninho. Andei um quarteirão até chegar no lugar onde todo domingo vou tomar café... virou rotina. 
- Um café. Duplo. Com açucar. Bastante açucar. 
Comecei a folhear meu caderno. E achei aquele seu bilhete que eu julgava ser o mais lindo de todos a alguns atrás... e era um simples oi, um simples nunca mude, um simples bilhete. Há 2 anos atrás eu achava aquilo como um eu te amo embutido, e não era. Nunca foi. Só que eu tenho aquelas veias onde corre sonhos por dentro. Lembro da ultima noite que te vi e de tudo que não te falei. Lembro de ter contado meus planos e você vibrou por mim...
Fechei o caderninho e logo resolvi pedir algumas torradas francesas. Olhei em volta. Olhei pra fora. Olhei pra dentro de mim. Nada mais me lembrava de você... só aquele caderninho que achei jogado e esquecido no fundo de alguma gaveta. Por alguma razão, na hora da mudança, resolvi guardá-lo. Mas parece ser algo de outra vida, sentimentos de outra dimensão. Peço desculpas a mim mesma por ter esse caderninho. 
Comi ainda pensando nisso e em tudo que deixei pra trás. 
Saindo dali resolvi parar em uma lata de lixo. E ali ele ficou, junto com esses outros sentimentos sucumbidos no meio da sujeira. Sem um pingo de arrependimento. Coloquei meu fone e sai andando... assim, meio sem rumo. Afinal, é domingo. Dia de coisas novas pra próxima semana... e pra isso, não preciso de você.